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Mostrando postagens de julho, 2016

Sempre aliados

Quem tem como meta apenas o poder na política, não tem lado. Todos são do mesmo lado e de acordo com os acordos são sempre possíveis aliados. Os interesses do povo é um detalhe que passa longe.

O que procuramos quando saímos de casa atrás de "novidades"?

O mundo tá quase que homogenizado, todos os lugares se repetem, todos reproduzem um padrão dito de "qualidade". Até o comportamento dentro dos ambientes sociais que frequentamos obedece a um padrão pré estabelecido! Seja em uma grande capital, ou numa pequena cidade do interior, as pessoas imitam umas às outras e reproduzem os padrões da moda, tanto na estética, estrutura, ambiente, comportamento e etc. Esse mundo   não oferece nada de novidades de fato, apenas mais do mesmo. Nesse momento é que ressurge ao meu ver a importância da cultura popular, singular em cada região, criada e repassada em total simbiose com o meio particular em que surge. A identidade do povo se identifica com suas raízes culturais, porém a ordem global de padronização capitalista (ex, os estádios de futebol padrão FIFA que invadiram o Brasil) vem exterminando as peculiaridades locais e tornando o mundo uma grande tribo de "caras pálidas" , sem graça e despersonalizadas. "O novo já nasce

Por que, na grande maioria das vezes, só os maus-caracteres vencem na política?

Os ditos "maus" vencem porque pra estas pessoas a motivação enquanto candidato, e a motivação das pessoas que os ajudam, são puramente materiais e pessoais. Estas pessoas enxergam a política como fonte de renda ou de regalias, logo lutam com todas as forças e utilizam de todos os meios para alcançarem o poder. Nessa sociedade em que vivemos onde a riqueza material é mais importante que o próprio   ser humano, não é difícil de compreender como é sedutor fazer parte desse time. Do outro lado da história estão os ditos de bom-caráter, nesse lado estão aqueles que baseados em suas posturas éticas e em sua formação humana e verdadeiramente solidárias, não prometem a ninguém vitórias, fama, regalias, vantagens, desvios, propinas e etc. A única coisa que se promete é o uso legal da coisa pública, sem nenhum tipo de enriquecimento ilegal. Aqui o caminho é mais longo e árduo, nesse time exige-se um alto grau de coletivismo e desejo de que todos sejam beneficiados pelo Estado e não ap

O político burocrático!

Seu João Garganta, prefeito na cidade dos Sem Nada, não suportava conversa fiada. Decidiu criar a diretoria do papo furado, pra atender a esta demanda. Pra próxima campanha já criou o comitê do abraço e do aperto de mão e tem pensado em montar um cargo só pro sorriso amarelo. Criou também a secretária de assuntos pessoais que ficou responsável por cuidar de assuntos da sua família, negócios e amantes. Já cansado de falar em público também criou o cargo de diretor de discursos e falatórios em geral. Também está planejando criar uma entidade só para tratar de alianças políticas para as próximas eleições. E as outras secretarias tradicionais ? Ele fechou todas as secretarias e criou apenas a secretária dos assuntos que eram das outras secretaria e ele mesmo se nomeou secretário.

Deixe-os sonhar

Quando a gente se propõe a ser diferente, ou pelo menos tentar reagir a essa sociedade doente, vamos percebendo quem também quer ir junto e quem só sabe torcer pra que nada dê certo. Se você só tem uma palavra positiva a dar a alguém que sonha, dê! Se você pode, nem que seja uma vez, contribuir com a caminhada de quem sonha, faça! Se você tem medo, mas deseja mudança, tente! Se você tem garra na vida, lute! Porém, se você optou por desistir do mundo, não arraste ninguém com você, não destrua sonhos, só porque são difíceis de se realizar! Se você optou por ficar em cima do muro, cale! Os sonhadores já são tão poucos, guarde seu fatalismo no silêncio.

A tal política pragmática!

A política dita pragmática, essa que nos empurram como única via e realidade imutável, é a culpada por muitos dos problemas da sociedade. Ela é extremamente egoísta, separatista, fria e maldosa. É ela que compra a vitória nas urnas e anula as melhorias sociais que deveriam ocorrer. O dinheiro é o meio e o fim no pragmatismo político. Dito isso, eu fico do lado da utopia, que enxerga a política como um espaço em que se deve construir coletivamente uma sociedade mais justa e solidária, onde os votos se conquistam com ideias e projetos e não com promessas falsas e dinheiro sujo.

EU NÃO FUI PARIDO, EU FUI PESCADO (HELTON JONES ROCHA)

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O que somos vem do rio Toda nossa molhada identidade! Formos forjados através destas águas. Quando para nascer, fomos pescados. Postos a nadar. Linha na mão, proa de canoa, Matapi, espinhel e a camina. Somos filhos de Boto. Eu não fui parido Eu fui pescado. Trouxeram-me de longe Eu sou dos primeiros homens Trouxeram-me feito peste Eu sou das ultimas mulheres Meu útero é aquático Eu tenho sim esse “piché” Sou filho de Bota Sou bom de fêmea Eu não fui parido Eu fui pescado. Esse espelho d’água É meu caminho e minha morada Sou todo peixe e todo pescador Sou as histórias dos ribeirinhos Sou a grande embarcação O voo rasante do passarinho Mas antes de tudo isso, Sou filho de boto. Eu não fui parido Eu fui pescado.     A minha pele escamosa, O meu cabelo duro de rio, Meus olhos arregalados da tipitinga Tudo vê e sente. Eu dependo do rio Eu sou esse rio que morre Sou filho desse boto Tucuxi Eu

Chuva

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Hoje tomei banho na chuva  E nela encontrei alguma manifestação divina   As gostas de água que caiam do céu   Vinham em quantidade infinita   Entre os pingos que vinham de cima   Meu ser se dissolvia   Que encontro magnífico   Eu e meu ceticismo   Com essa chuva divina.