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Mostrando postagens de julho, 2017

Tuiá Poranga me colocou em crise existencial/cultural

Confesso que estava preocupado e muito refletir sobre o que estava por vim esse ano do Tuiá Poranga. Um grupo com uma grande história no festival da cultura IRITUIENSE e que sempre foi de surpreender ao público com sua criatividade e suas raízes na cultura irituiense e até então amazônica. Pois esse ano o Tuiá resolveu ampliar seu conceito de atuação na cultura, mostrando que sua arte está para além do local e mesmo do regional.  Mergulharam, e eu já sabia disso antes da apresentação, "nas veias abertas da América Latina" e trouxeram a lembrança de que nós - irituienses e brasileiros - fazemos parte de um grande continente latino, cujo ritmo e a dança estão dispersos e se comunicam em um lugar em que não há fronteiras entre o local e o global/regional. Porém, eu estava preocupado. Como defensor da nossa cultura irituiense, mais legítima possível, eu estava preocupado com essa viagem latina em que eles se propuseram a fazer. Questionava-me sobre essa relação entre o que é &quo

O grande sempre esmaga o pequeno

Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Samba cacete, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, quadrilha junina, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Arauaite, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, show de calouros, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, rainha Fecuiri, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, pingo e rai, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Luan. Foi pra isso que criamos o festival?

Irituia,não tem passado registrado

Passei esse inicio de manhã procurando fotos dos antigos festivais aqui pela internet e incrivelmente não encontrei registros daqueles festivais em que se tinha exposição de artesanato e outros produtos nas barraquinhas e nem fotos da época em que tinham cadeiras e mesas na praça. Parece até que nunca foi daquele jeito e isso é um grande problema, pois sem o registro da memória a história se torna a contada pelos que detêm o poder, nesse sentido ela pode ser "re-escrita", esse raciocínio me lembra até o livro "a revolução dos bichos" em que o personagem "major" (um porco) aos poucos vai apagando o passado da memoria dos bichos da fazenda e vai recontando-a de forma que ele passa a ser o herói daquela história.  Medo!

Quem prova do "melhor" não quer voltar a comer jiló.

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Eu não queria estar na pele da prefeita. Afinal ela fez o melhor festival de todos os tempos.  Nós cantamos tanta sofrência e pagamos por isso tão bem que o povo ensandecido já pensa no ano que vem! Quem será que vem?  Hum. É ano político, por que não esperar pelo safadão, essa máquina de alegria ($) e animação.  Agora não dá mais pra fazer um festival raiz! Deus o livre, depois do Pablo, ter que vim a Irituia pra ouvir artist as sem expressão.  Já tô na esperança, com dinheiro público eu consigo vê de perto meu ídolo. Não me importo com nada. Tenho visão tapada. Dá onde veio o dinheiro não me interessa, eu quero é ficar entorpecido de festa.  Prefeita, vá logo correndo atrás, se não vim o safadão eu hei de protestar, só temos essa data pra nossa "cultura" comemorar, quem melhor do que Wesley, no momento, pra vim nos abrilhantar?  Quadrilha junina, boi bumba? Vá a merda todos eles, eu quero é meu bem estar. Sou egoísta. Verba pública pra mim é feita pra ser usa

Nos portões do inferno

Quando vós chegarem a porta do inferno, vão encontrar escrito no portão, segundo Dante (em sua Divina Comédia), "vós que entrais, deixai aqui toda esperança".

Musicas descartáveis

As músicas que se fazem hoje em dia, essas que vão pra rádio, correspondem a essa velocidade de vida que vivemos. Elas tem que ser criadas rapidamente para atender um público que se relaciona com elas de forma descartável. Antes se pensava pra criar, hoje se cria para evitar pensar.