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Mostrando postagens de 2017

A Penny com amor

Cheguei a casa dela hoje Como de costume gritei seu nome ao portão Ela não respondeu. Tinha trazido um presente. De cara estranhei e a lembrança de uma conversa sem jeito me veio a mente. Como pode? O que chamam de amor afinal? Se não reconhecem amor naquela alegria a nos recepcionar, sinceramente não me falem mais de amor. Agora entendo melhor Schopenhauer nesse aspecto e a sua preferência por essa companhia. A razão me sopra agora até um sentimento de vergonha por isso. Mas o que fazer? Numa vida tão vazia de pureza é justamente naquela irracionalidade que percebo alguma coisa espontânea. Não tenho dúvidas de que ela sente e sabe coisas que não sabemos. Quando eu estava doente, deitado na rede, ela tava lá me reparando, sem reclamar e nem pedi nada em troca que não um carinhozinho. Humanos, vocês não sabem de nada. A razão vos esfriou. Transformaram a vida em cálculos, contas e números, somente. Não se sabe mais perceber o amor que há na totalidade da vida, nos outros seres. Somos u

Tuiá Poranga me colocou em crise existencial/cultural

Confesso que estava preocupado e muito refletir sobre o que estava por vim esse ano do Tuiá Poranga. Um grupo com uma grande história no festival da cultura IRITUIENSE e que sempre foi de surpreender ao público com sua criatividade e suas raízes na cultura irituiense e até então amazônica. Pois esse ano o Tuiá resolveu ampliar seu conceito de atuação na cultura, mostrando que sua arte está para além do local e mesmo do regional.  Mergulharam, e eu já sabia disso antes da apresentação, "nas veias abertas da América Latina" e trouxeram a lembrança de que nós - irituienses e brasileiros - fazemos parte de um grande continente latino, cujo ritmo e a dança estão dispersos e se comunicam em um lugar em que não há fronteiras entre o local e o global/regional. Porém, eu estava preocupado. Como defensor da nossa cultura irituiense, mais legítima possível, eu estava preocupado com essa viagem latina em que eles se propuseram a fazer. Questionava-me sobre essa relação entre o que é &quo

O grande sempre esmaga o pequeno

Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Samba cacete, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, quadrilha junina, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Arauaite, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, show de calouros, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, rainha Fecuiri, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, pingo e rai, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Pablo, Luan. Foi pra isso que criamos o festival?

Irituia,não tem passado registrado

Passei esse inicio de manhã procurando fotos dos antigos festivais aqui pela internet e incrivelmente não encontrei registros daqueles festivais em que se tinha exposição de artesanato e outros produtos nas barraquinhas e nem fotos da época em que tinham cadeiras e mesas na praça. Parece até que nunca foi daquele jeito e isso é um grande problema, pois sem o registro da memória a história se torna a contada pelos que detêm o poder, nesse sentido ela pode ser "re-escrita", esse raciocínio me lembra até o livro "a revolução dos bichos" em que o personagem "major" (um porco) aos poucos vai apagando o passado da memoria dos bichos da fazenda e vai recontando-a de forma que ele passa a ser o herói daquela história.  Medo!

Quem prova do "melhor" não quer voltar a comer jiló.

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Eu não queria estar na pele da prefeita. Afinal ela fez o melhor festival de todos os tempos.  Nós cantamos tanta sofrência e pagamos por isso tão bem que o povo ensandecido já pensa no ano que vem! Quem será que vem?  Hum. É ano político, por que não esperar pelo safadão, essa máquina de alegria ($) e animação.  Agora não dá mais pra fazer um festival raiz! Deus o livre, depois do Pablo, ter que vim a Irituia pra ouvir artist as sem expressão.  Já tô na esperança, com dinheiro público eu consigo vê de perto meu ídolo. Não me importo com nada. Tenho visão tapada. Dá onde veio o dinheiro não me interessa, eu quero é ficar entorpecido de festa.  Prefeita, vá logo correndo atrás, se não vim o safadão eu hei de protestar, só temos essa data pra nossa "cultura" comemorar, quem melhor do que Wesley, no momento, pra vim nos abrilhantar?  Quadrilha junina, boi bumba? Vá a merda todos eles, eu quero é meu bem estar. Sou egoísta. Verba pública pra mim é feita pra ser usa

Nos portões do inferno

Quando vós chegarem a porta do inferno, vão encontrar escrito no portão, segundo Dante (em sua Divina Comédia), "vós que entrais, deixai aqui toda esperança".

Musicas descartáveis

As músicas que se fazem hoje em dia, essas que vão pra rádio, correspondem a essa velocidade de vida que vivemos. Elas tem que ser criadas rapidamente para atender um público que se relaciona com elas de forma descartável. Antes se pensava pra criar, hoje se cria para evitar pensar.