Postagens

Mostrando postagens de 2018

Que Ano! (Reflexão de fim de ano para pessoas sensíveis)

Que ano! Qual outra maneira de se iniciar um texto no dia 31 de dezembro de 2018, que não exclamando "que ano!"?  Aprendemos muita coisa, sofremos por muita coisa e 2018 pareceu ter sido um ano maior que os demais. Um ano intenso. Um ano de luta. Um ano em que a política resolveu tomar conta de todos os assuntos, desde aquele que se conversa no boteco em tom de piada quanto o outro que se debate em plenárias de universidades.  A aparição do tal do mito trouxe medo! Sim! Muitos sofreram pelo medo de perderem aquilo que duramente foi conquistado. Desde uma politica social que trazia beneficio até o direito mesmo de se expressar. O mito trouxe a tona o ódio que antes era obrigado a ficar ali reprimido pela força daquilo que se dizia que era "feio", "errado", "inapropriado" e mesmo ilegal se dizer e absurdamente se defender em público! Como dizem: "muita gente saiu do armário..."  Amizades se foram e outras apareceram. Pl

Quem repara no que diz o Padre?

No ultimo domingo fui a missa. Fazia algum tempo que não ia. Fui a missa em respeito a uma causa, justa por sinal. Hoje sei que a parte mais importante da celebração católica é o sermão do Padre! Aquele momento em que ele toma alguma passagem bíblica e em seguida a reflete com o fies!  Mas quem presta realmente atenção no que ele diz? Quem está na missa de verdade? Quem está ali disposto a ouvir a palavra de cristo? O Cristo que não tem duas caras, o Cristo que que é amor e retidão ao próximo. Na referida missa o  Padre fez alusão ao Natal que se aproxima e nos lembrou que as duas datas mais importantes do calendário cristão são o Natal (nascimento) e a páscoa (ressurreição). Sem titubear, e com sua reflexão cravada no contexto daquele triste domingo em que os professores estavam em luta por seus salários atrasados, nosso pároco resolver falar no sentimento cristão de honestidade e partilha. Nos disse o padre naquela oportunidade que não há como o cristão ser desonesto,

O que Nietzsche me disse

Nietzsche nos diz que devemos amar esta vida, sim, Amar. Com tudo que há nela de feio e bonito, segundo ele, ela deve ser amada. Mas quem sou para ama-la? Antes de olhar para vida de fora me vem a mente a vida de dentro. Essa que é minha antes de tudo. A vida vivida no íntimo da solidão e do pensamento que vaga.  A minha vida da rotina de dentro de casa sem onde ir sem os amigos dispersos sem meus sonhos roubados Apenas eu. Eu que sempre obedeci as regras e que sempre acreditou nas crenças Eu que fui ensinado a ser quem sou, me pego agora desprotegido. Fico ali no canto, como aquele cachorro com frio. Parado. Já comi, já dormir, já me saciei. E agora? Já tenho a casa, o carro, o dinheiro, as coisas... e agora? Deveria me sentir contente... e agora? Mas lembro do que Nietzsche me disse... e volto a realidade lembrando que amo essa vida...

Na próxima temporada de chuvas

Na próxima temporada de chuvas paraenses Quando nosso frio abafado aparecer novamente Eu quero estar diferente Um passarinho talvez Naquela chuvinha fina da manhã ser canto de vida Sacudir as penas Ser apenas Não pensar Na próxima temporada de chuvas quero poder tomar banho de rio ficar com os olhos a altura das águas fitando o horizonte de gotas e sons Quero flutuar no espelho d'água na hora da chuva como se fosse uma canoa sem navegante só ir descendo o rio com os pulmões cheio de ar Apenas sentir Nada pensar As águas da chuva poderiam levar a minha tristeza embora Mas é o contrário As águas da chuva trazem o frio e o interesse em pensar.

Mas logo vai passar... mas logo vai voltar...

Imagem
Tenho me questionado se o frio me deixa depressivo. Sei lá, todo fim de ano é isso quando chega o nosso inverno paraense. Viro para dentro. Sinto um grande vazio dentro de mim. Algo sem explicação aparente. Seria apenas tédio? Ou é o velho fantasma do desajuste social que vivo? Essa coisa de achar que o mundo, e o meu mundo, tal qual ele é, que é o meu problema, logo precisaria ser mudado, ou melhor, revolucionado por uma grande mudança que não saberia dizer como fazer e nem para onde mudar.  Até quando essa sensação vai continuar? Ela vem e vai. É um sentimento muito ruim e difícil de descrever precisamente. A ele já procurei dar vários nomes e causas mas nunca consigo realmente defini-lo. Tédio, vazio existencial, desamparo, melancolia, “vicelagem”, trabalho, casamento, covardia, sociedade, o mundo todo louco como é... e por aí vai... Realmente é difícil dizer o que se passa.  Mas andei lendo Fernando Pessoa e essa mesma coisa estava lá nele... essa coisa que não se

A leitura da era digital, coisa de poucas linhas.

Um texto como mais de cinco linhas já vai sendo descartado, este aqui que você lê agora, por exemplo, já está no limite da tolerância, em se tratando de redes sociais então, mais algumas lin has e já era. Como fazer ? Vou continuar escrevendo sabendo o resultado do abandono dessas linhas... como amadureceram ideias se não gostam de livros ? Sociedade da imagem! A essa altura do texto já estou sozinho nessa ideia, talvez só você chegou até aqui! E você que ainda acompanha essa reflexão de agora, tenha certeza, você está em outro time, tens de se juntar ao time de disseminadores de idéias, se veio até aqui pode me utrapassar. Comece a escrever também e abandone as fotos e imagens. Essa aversão a leitura é proposital, uma manipulação dos poderosos. Conhecimento é poder , gera empoderamento. O fim do meu pensamento neste texto já ultrapassou todos os limites, agora, se ainda me acompanhas, é como se já estivessemos abandonado nossa atmosfera e nos lançado ao espaço, onde

Já fui muito feliz aqui em Irituia

Já fui muito feliz aqui em Irituia, principalmente na minha infância e adolescência, quando a juventude foi chegando e o meu mundo aumentou de tamanho, comecei a ir percebendo o quanto Irituia padece, o quanto estávamos "atrás". As responsabilidades que começaram a se avolumar na minha vida, as respostas que eu tinha que dá a mim mesmo e a família não vinham, eu não tinha uma boa percepção de mund o, não sabia que curso fazer na faculdade, não tinha preparo pro vestibular, não tinha experiência profissional nenhuma, nem mesmo visualmente. Pois bem, superada essa fase das escolhas juvenis, chego ao tal do momento adulto e o pessimismo continua, mas agora um péssimos maduro. Além de toda as dificuldades próprias de uma cidade pequena do interior, vejo nossa cidade mergulhada em um marasmo político-social que não demonstra um fim. Sendo carentes de coisas tão básicas como iluminação pública e asfalto pra tampar buraco, como sonhar com uma cidade mais viva e chei

Sabe por que nós não conseguimos realizar nossos sonhos?

E esse "nós" só chega aqueles que possuem minimamente as condições materiais pra conquistar isso, digo: casa, comida, e um emprego e uma renda básica que garanta a sobrevivência. Então, "nós" não conseguimos porque "eles" não deixam! Eles nos roubaram primeiro, na entrada da juventude, o tempo! Da Juventude em diante, tempo é alguma coisa que nos tiraram, se não há tempo, tempo livre, não há reflexão, não há possibilidade de ser humano, de ser feliz. Nos roubam o tempo nos preenchendo de necessidades e responsabilidades, nos iludindo, nos dizendo o que fazer, o que querer e até o que sonhar. Já repararam que todo mundo quer praticamente as mesmas coisas? Coincidência ou programação? E aquele sonho lá de trás, de antes, de quando nós não éramos vistos apenas como mão de obra? Pra onde foi? Foi para aquele lugar que hoje chamam de utopia! É assim que funciona, a vida que queríamos viver e nela ser felizes, eles nos condicionam a achar que é

Alegria, dor e humanidade

Os picos de alegria e tristeza nos fazem lembrar que ainda somos humanos! Que reagimos ao mundo ao nosso redor, que não somos mercadoria que se compra e vende! Rir e chorar nos mostra que somos de carne e osso e sentimentos, não só razão, a fria razão que tudo calcula, divide, projeta e tenta controlar. Não somos coisas, somos humanos.

Tô farto de paliativos existenciais!

Se paramos pra pensar, a vida humana não tem nada de especial, aliás, somos muito mais é prejudiciais ao meio ambiente e a vida de forma geral. Vivemos em torno de 70 anos de idade, dos quais a maior parte dele fazendo coisas das quais não gostamos, porém, somos obrigados pela subsistência a fazer! Perdemos enquanto ser vivo toda nosso senso de pertencimento a o meio que vivemos, somos verdadeiros predadores de recursos naturais. Trocamos a busca pelo melhoramento interior pela satisfação econômica. Mais trabalhamos que nos divertimos. Mais temos e menos nos satisfazemos! Pra que? No final tudo perecerá e nada de nós deixará rastro! Passamos a vida toda perseguindo dar significado a nossas vidas mas na maioria das vezes o que fazemos é concessões e acordos com mundo! Na de muito grande! Nada de revolucionário!

A sala do tempo

Na sala do tempo tudo morre. Nela há uma mesa, uma porta, um refrigerador de ar, um dever, um chefe e uma vida aprisionada. Te Tiraram o sol e a beleza do dia, só há papéis, muitos papéis. A sua casa é passageira, a sala do tempo é que é a verdadeira morada. Nela se come, se fala, se briga e trabalha. E o tempo passa de pressa, daqui a pouco se sai e mais rápido ainda retorna-se. A sala do tempo te espera. Nos dizem que ela é a vida e todos te invejam. A sala do tempo te devora, apesar dela não ter boca nem fome, ela come a tua vida e com teu tempo ela some, se puderes evitar, não entre nela, fuja da sala do tempo, onde a vida passa lá fora e muitos morrem, sem saber, lá dentro.

"o Brasil, apesar de tudo é um país feliz"

Concordo! Já virão gente feliz reclamar de alguma coisa? Vocês já perceberam a tal da crise chegar até nossas fontes de "alegria"? Tem crise no futebol? Na novela? Na festa? Na bebida? Na conversa fiada da esquina? Pois é, não tem! Porque somos um país "feliz", Porém há de se investigar agora o que é felicidade!

Até onde a discussão é democrática?

Até onde a discussão é democrática? Faz parte da liberdade de expressão? Ao meu ver é democracia qualquer discussão que esteja dentro dos limites impostos pelos direitos humanos. Nenhum argumento deveria ser aceitável, em se tratando de debate, se por de trás exista qualquer discurso de repressão ao ser humano. Se é uma república que habitamos ela é de todos e a própria constituição garante isso. Nego-me a discutir política com uma pessoa que tenha como alguma de suas pautas qualquer menção ao preconceito e a violência!

Os excluídos

Na capital os excluídos, nas mais diversas formas de exclusão, estão diante dos nossos olhos, enquanto a gente finge que não vê pra não embrulhar o estômago enquanto come e eles olham. Perdemos a sensibilidade pra essa realidade. Existe gente que não come, que não tem onde dormir, que não tem acesso há praticamente nada do que entendemos por progresso ou até mesmo civilização. O ver-o-peso é um universo de contradição, tanta variedade de comida e de gente, mas a ordem é a mesma, quem tem dinheiro pra comer come, quem não tem olha e depois pede, mas e se não derem? "alguma coisa está fora de ordem".

O torcedor desapaixonado!

Eu sou o pior tipo de torcedor que existe! O torcedor desapaixonado! Sim, perdi a paixão por esse futebol que está aí, mercadologico, frio, de cifras e resultados. Times tratados como religiões (na pior concepção), jogadores como deuses e torcedores comportando-se como soldados! O futebol perdeu a graça, virou coisa séria, um produto perfeito de mercado, com suas marcas e ídolos vendendo sonhos falsos, virou uma ferramenta de dominação social, onde a situação do time na tabela do campeonato incomoda mais que a situação do Brasil na escala de IDH mundial, a coisa é tão absurda que uma derrota num "clássico" é motivo pra se invadir concentração e gritar "vergonha, vergonha...", e enquanto isso direitos e mais direitos sociais, caem, um por um, e ninguém invadi nada. Não me interessa mais quem perde e quem ganha no campeonato brasileiro, tem coisas infinitamente mais importantes acontecendo. Continuo amando o futebol, principalmente aquele que viv

Estamos resistindo

Há uma resistência por aqui! Todos nós que insistimos em não se entregar ao banal, ao comum, ao preconceito, ao ódio. Nós que nunca nos fechamos ao novo e a curiosidade! Nós que ainda lemos poesia e aliviamos a alma com rock in roll, apesar de poucos, estamos unidos e nos acolhemos, um ao outro, em qualquer lugar em que a utopia de um mundo melhor ainda persista! Tentam nos dissuadir a todo momento, dizendo que somos malucos, bobos sonhadores, mas eu nos enxergo como o ponto de equilíbrio nesse mundo violento que perdeu a capacidade de se incomodar com o que incomoda! Estamos vivos, logo tudo pode ser diferente! Resistimos com as armas que temos!

Louca pluralidade, infinita loucura.

Sempre tive uma espécie de inveja de quem se satisfaz totalmente com alguma coisa e dessa forma é feliz nessa sensação de completude. Quem me dera só gostar de futebol por exemplo, e desse jeito, discutindo placares, se foi pênalti ou não, quem vai subir ou descer de divisão e etc. a minha vida se consumaria. Acontece que também gosto muito de música, mas não consigo me satisfazer só tocando violã o, por isso já tentei tocar baixo, bateria, banjo, teclado e percussão, logo não fiquei bom em nenhum deles, já que também gosto de tantas músicas acaba que não consigo me dedicar em aprender apenas uma e querendo aprender a várias acabo só tocando as mesas que aprendi quando só gostava das mesmas. Mas a música as vezes me deixa um pouco enrolado porque quero ler e ela não deixa, são tantos livros... Já quis ser escritor também, mas escrever me toma muito tempo também e impede que me sinta livre para fazer outras coisas. É uma loucura. Agora mesmo tenho feito três coisas ao me

A juventude e o sonho de mudar o mundo

A juventude da década de 60 tinha uma concepção muito revolucionária de si mesma, cantavam esse momento como a grande chance de mudar as coisas feias do mundo. Muitos acreditaram que seriam "jovens para sempre", no sentido de que os sonhos dessa fase não podiam morrer! A arte era transcendente e cheia de esperança de dias melhores, e também combativa em relação aquele momento!  E agora? Que juvent ude é a nossa? O que querem, ou que fizeram de nossos jovens!? Entorpecidos em si mesmos e no gozo de prazeres individuais, parecem terem perdido a capacidade de se indignar com as condições violentas do mundo que os cercam... Procuro na rua, na música, na arte como um todo e não consigo encontrar aquela chama de ser jovem, tão flamejante nas décadas passadas, nascida nas loucuras de uma época em que se acreditava na paz e no amor...

Ostentação e juventude

É triste perceber a tamanha superficialidade que impera entre nós. Essa cultura da ostentação força o jovem a exibir o que não são e a comprarem o que não tem condições, tudo para manterem a aparência. Essa necessidade de se adequar ao padrão estético faz com que muitos se sacrifiquem, que outros se arrisquem, que outros se submetam e etc. Demonstra-se riqueza na aparência, mas no fundo são pobres de espírito e de ideias. Tem quem pague quase o que se ganha num mês de trabalho em duas peças de roupas, dinheiro para um livro nunca foi orçado em uma vida toda. Mais tarde, com o passar dos anos, a vida há de cobrar, de alguma maneira, essa conta, onde a imagem vale mais que qualquer coisa.

Juventude e seu vazio existencial

A nossa juventude está completamente perdida. Sem sonhos altruístas, sonham apenas com o consumo, só olham para si mesmos, não se pensa mais em mudar o mundo, de querer uma sociedade mais justa, pensam em dar sentido às suas vidas apenas através do prazer, o mais fácil e superficial possível, pouco importa o conteúdo. Nos dias atuais as escolhas que fazemos partem do corpo, do gozo imediato, da felicidade rasa e irreflexiva. Tudo é pra agora, tudo é descartável! Não há o mínimo de criticidade a respeito de seus próprios atos! Não há mais metas utópicas! Tudo é aparência, imediatismo, facilidade... Tudo é imagem!

O pior vazio

A vida humana é vazia demais. Muitos a preenche com uma religião, outros com drogas, tantos outros com a arte e poucos com conhecimento/autoconhecimento... A pior forma de dar sentindo a vida é através de se jogar na vida de uma outra pessoa. Esse vazio é peculiar a todos. Quanto menos se tem alguma coisa na cabeça mais se procura fora dela.

A caixinha fechada irituiense

Essa não é uma reflexão de quem não ama Irituia, ou de quem só quer polemizar, ou falar mal e etc. Não! Quem me conhece sabe da minha grande dificuldade de sair de Irituia (três dias fora daí, só falto ficar doido), do meu amor doentio por esse município, sabe das minhas pequenas lutas pela cultura, junto de meus irmãos de Quem-te-dera, sabe que tudo que sonho é semp re ligado a Irituia, venho construindo toda minha vida aí. Mas quando se sai um pouco de Irituia, e se retira o amor que se tem por essa terra, é possível enxergar melhor o quanto a vida lá (nesse momento estou em Belém) é uma caixinha  O novo sofre deveras resistência em todos os sentidos! Falo disso com propriedade, pois a nossa luta junto à associação sempre tenta trazer algo de novo pra cidade e poucos compram a ideia! Vendo daqui é tão triste vê os amigos reclamando pela ausência de serviços básicos por parte do poder público! Uma cidade tão pequenina, poderia ser tão melhor cuidada. Sinto uma grand

Ninguém desperta ninguém

Ninguém liberta ninguém As pessoas só despertam ou se libertam quando ELAS mesmas estão dispostas a internamente fazerem esse movimento. Seja afetivamente, socialmente, politicamente. Podemos oferecer ferramentas, solidariedade, afeto, amor, carinho, conhecimento. Mas na maioria das vezes, diria 99% das vezes, só aprendem quando se fodem mesmo! ( desculpe o palavrã o) Infelizmente as pessoas tendem a optar aprender com a dor e não com o amor! Por isso deixemos de ser prepotentes, achando que podemos salvar alguém, libertar alguém! Se conseguimos nos atentar para nossas prisões e nossas cegueiras, já está de bom tamanho! “Cuidado quando estiver combatendo um monstro para não se transformar num monstro também”

Minha relação com Irituia

Imagem
Sempre que estou em Belém reflito sobre o que quero da minha vida em alguns pontos. Em Irituia falta muita coisa que me satisfaça, principalmente do ponto de vista do entretenimento, infelizmente não me encontro plenamente no que tem na minha cidade e isso me empurra pra Belém. Chegando aqui, Belém, me deparo com um mundo muito maior, cheio de opções (se comparado a Irituia), porém cheio de medo, de portões fechados, de pressa, de trânsito pesado, um mundo caro e segregacionista! Temos por aqui as típicas e grandes contradições da cidade grande. Então bate a saudade da terra do pão e a contradição explode no meu peito, aquela vicelagem de lá (Irituia) faz falta 😀 . Daqui é possível, por comparação, valorizar a simplicidade de Irituia, mas isso não quer dizer que eu queira só aquilo, essa tal simplicidade, e por isso penso na minha história junto a associação Quem-te-dera, sem dúvida é nela onde encontro o sentido de estar em Irituia.  Essa é a minha grande luta, é

Maniçoba e pé-de-porco

Lembrei de uma história. Uma vez veio uma galera de Irituia pra Belém jogar bola, tempos difíceis e a grana era curta. Salvo engano o jogo era a tarde e os atletas chegaram há tempo para o almoço, com recursos escassos um pequeno grupo se dispersou em busca de um almoço bom e barato, já cansados de tanto rodar atrás de algum lugar eis que surge ao longe um letreiro! Os olhos se arregalaram e um jogador lá da praça, salivando já pelas letras mau compreendidas, gritou: "porra galera, é ali, tem, MANIÇOBA E PÉ DE PORCO", ledo engano, ao se aproximarem, a placa oferecia o serviço de MANICURE E PEDICURE!..A fome foi quem leu a placa! Hehehehehehehe... Quem é da praça sabe o nome do peão... Hehehehehehehe

Não se entristeça com a farsa alheia virtual

Meu povo, não se sintam tristes se hoje vocês não estiverem numa praia ou numa grande festa de virada de ano, essas coisas fazem parte de uma grande farsa social que nos determina o que é felicidade. Isso faz parte da pobreza dessa vida baseada no status social, onde a imagem feliz vale mais que o sentimento interior. Quem pode ir e queira ir a determinado lugar, não há problemas, mas a maioria d e vocês não vão e são a essas pessoas que escrevo, você pode sim se sentir bem reunido com sua família e amigos em qualquer lugar, não se deixe levar por foto de Facebook, tem gente que faz e suporta muita coisa escrota pra poder ostentar uma imagem de riqueza que não possuem.  A felicidade é algo muito mais simples do que imaginamos, mas isso é difícil de entender e vivenciar com tanta pressão visual do que seja de fato a fórmula da felicidade. Desejo que cada um a seu modo encontre o próprio caminho nessa vida, um caminho leve, de paz e de momentos felizes nessa existê

A minúscula classe média irituiense

Bom dia conterrâneos(as) de Irituia. A reflexão desta manhã é sobre nossa minúscula classe média irituiense! Vocês sabiam que parte de nossa pequena classe média irituiense é totalmente contra as políticas de distribuição de renda, como por exemplo o Bolsa família, ou contra políticas sociais de modo geral (cotas, minha casa minha vida, leis trabalhistas e etc.) ? Pois bem, talvez por tamanha desinformação e preconceito embutido por essa mídia terrível que invade nossas casas, muitos irituienses se posicionam totalmente contra os mais pobres (claro que eles jamais irão assumir isso), na verdade a mínima "ascensão social/material" por aqui traz junto o desejo de se livrar de tudo que lembre pobreza. A isso se some a tal da ideologia da meritocracia que os fazem bater no peito e se dizerem vencedores sem a ajuda de ninguém, muito menos do Estado. Falando especificamente de alguns comerciantes locais, podemos dizer que é um suicídio econômico ser contra a melhoria de vid