Atravesse o Óbvio

Meu pai já tem incontáveis cabelos brancos, meu avô, sempre sentado a porta e olhando fixo pro chão, me deixa preocupado. Ainda filho que sou, me vejo em meu pai e depois em meu avô. A vida que passa, esmaga o tempo na fronte, nos olhos e gestos não tão bem coordenados. Talvez a problemática física deva ser a menor das dores, ela pode até ser bem atenuada, o maior problema talvez seja a solidão. Meu avô já viu quase todos de sua geração partirem, mulher, irmã, pais, amigos... e ele ainda aqui... Não deve ser nada fácil encarar a velhice de frente, sendo que a vizinha mais próxima é a morte. Tudo isso me deixa sempre perguntas sem resposta. Não sei se chegarei nem mesmo a esse estagio de vida, morre é tão fácil. Será que serei um velho incapaz?! Tenho dito que prefiro logo o sono eterno a me defecar sem perceber, e o pior, não poder limpar-me sozinho, isso é um problema! Possa também que eu tenha uma velhice tranquila e ativa, sem saber bem o que é ser ativo, mas deve ser alguma co

Será possível amar duas pessoas...? eu digo ao mesmo tempo! É possível ou é sofrimento? Ah! Amor maldito... se não fosses tu tão egoísta, teria eu um pouco de contentamento... Mas sigo sozinho, só com meus pensamentos, sem entender nada deste bendito sentimento.

Olha a bailarina, ela dança tão leve que parece flutuar... ela me parece tão doce... dança doce pelo ar....

Deve ser pesado demais ser esperança pra alguém, ou pelo menos, ser encarado dessa forma, talvez não devesse ser assim quando tratamos de democracia. A democracia, utópica poderia assim dizer, requer uma participação ativa dos cidadãos e não apenas o compromisso com o voto, mas não é o que vemos, não só por aqui pela terrinha, mas por todos os lados. Mas, em se falando de realidade, partindo da ignorância que assola a muitos por este país, é muita responsabilidade ser eleito!  Eu vi, ninguém me contou. Eu vi na cara do povo, todos em grandes aglomerações, como em um círio de santo, em todos  os cantos, segurando firmemente suas bandeiras, nas bandeiras um numero, uma face, uma esperança. Claro, que nem todos pensam assim, muitos "entenderam" demais o processo e deles apenas querem tirar proveito e rir de si próprios depois, porém, pra muitos, há ali, naquele gesto simplório, algo muito maior. Grandes massas cansadas imploram o desfecho vitorioso do seu "messias",

Sofro pela ideia de felicidade que não me é tátil

Que coisa legal, é bom demais ter que fugir, se esconder, fingir que ta tudo bem. O tempo que corre, o mundo que corre, o carro que corre...  e eu dentro desse carro, desse mundo, dentro de mim... Vou levando achando que tudo é assim, que uma hora melhora, que a vida tem graça. Os planos que não são meus, as canções que não são minhas, os sonhos que nunca tive... estão todos, todos por aí, mundo a fora, fazendo cegos sorrirem e mudos cantarem. Cantar o quê? Sorrir por quê? não entendo, já é passado agora, até aquele momento sublime, não sei ao certo se aconteceu... o que é sonho então? o que é a vida então? Queria poder me apegar em promessas futuras, ter esperança no próximo, ao menos um afago, mas não... não consigo, mas preciso, eu quero ilusões, por favor, inventem uma pilula... de ilusão.

Novos horizontes é o título desta canção do "Engenheiros do Hawaii", do álbum 10000 destinos. Essa musica tem despertado muito a minha atenção, uma canção já antiga da banda, mas como de costume na minha vida, estava por aqui, parada, me olhando e eu nem aí pra ela. É um "derrepente", e ela então passa a fazer sentido. Metáforas incríveis, a coisa da relatividade instantânea, do sim e não. É a musica que estou ouvindo, e neste disco ainda tem "números" e quando o "carnaval chegar" que são ótimas também.

Não! não se mostre de verdade fique, por favor, na penumbra me engane um pouco mais já estava começando a gostar-te já via prazer no sorriso e no abraço por favor, não me contamine com a verdade permaneça me iludindo só um pouco mais. Droga, já podia sentir de novo o que agora é velho, aquele clichê antigo, chamado saudade mas o que fazer agora que vi o que vi? Não és tão bela como imaginava és o que és e pronto. Um ser em totalidade, banhada na beleza e na tristeza. Acabo meu texto te lembrando que é dura demais a realidade, e te deixando a certeza de que nunca confessarei quem és afinal pois se soubesse, ao certo, não te escreveria assim te dizia o que penso de frente no rosto.

Elas continuam querendo sapatos... e eu... continuo querendo os pés delas... Elas continuam se preocupando com os cabelos e eu... continuo querendo elas por inteiro... Elas continuam se importando pouco... e eu... continuo sofrendo e penando pelo pouco que tenho delas .

Como seria bom, se fosse possível amar pela metade, gostar apenas do que admiro e não me importar com o resto. Quem me dera ficar apenas com o sorriso e a conversa boa de sempre, com a companhia aconchegante, com as histórias hilárias, e com a pessoa amada. Mas isso é ideia, é sonho. A pessoa é inteira, e nesse inteiro há coisas desagradáveis, más, e indigestorias. Entendo agora os românticos e seus casos de platonismo, estes que foram da segunda geração! Eles já sabiam que a realidade acaba com o encanto, eles escolhiam amar de longe. De longe viam, e apenas imaginavam o quão perfeita ela é! e pronto. Não queriam a verdade e sua dose chata de realidade, com problemas e outras coisas que tiram o prazer da perfeição. Entendo bem estes sofridos que escoliam amar de longe... acho que vou ficar só de longe também.

Umas das grandes conquistas pessoais, sem dúvida, é o auto-conhecimento. Aos olhos desavisados, isso pode parecer uma coisa tão óbvia, saber do que se gosta de fazer, apreciar, escutar, conversar e etc. Digo, que chegar ao cerne daquilo que somos verdadeiramente requer muita reflexão a respeito de nossas experiencias teóricas e praticas da vida, pois, somos desde o nascimento impregnados de pensamentos e leis que ditam aquilo que devemos ser, gostar, achar bonito... A busca do auto-conhecimento requer uma verdadeira limpeza de "ideais", e a visualização racional daquilo que realmente nos faz sentido, nos faz bem ou nos é saudável. Uma vez atingida essa clareza pessoal, ainda resta outra tarefa dificílima, afirma as escolhas frente as pressões sociais, a necessidade de aceitação nos grupos. Não é tarefa fácil perceber sua individualidade e se manter fiel ao que se pensa frente a uma massa uniforme que nos rodeia. Somos afeto, somos parte do outro e o outro nos é parte também

O que me conforta, e eu já disse isso algumas vezes, é que nós, que sofremos as nossas dores e as dores do mundo, por isso, tristes somos, porém, quando alegres estamos, somos plenos... ninguém atinge a felicidade como nós quando a temos nas mãos somos plenos...

Não tenho visto muita novidade aqui por onde ando, no máximo um tiro no silêncio . As pessoas caminham cegas e surdas no dever que dita a espécie. Nada de novo no mundo repetitivo dos insaciáveis, nada! Nada chega a enjoa-los, nem mesmo o descompromisso com suas próprias vidas vagas e sem sentido algum. A vida me parece as vezes uma grande alucinação, um elo entre sonho e realidade sem saber ao certo "quem é quem". As conversões do humano, as leis que nos tornam humanos, a "civilidade" que nos torna humano, o desgaste que é ser humano não chega a todos. No máximo as pessoas se preocupam com os bens que tem e com os que desejam ter, no máximo se preocupam com o futuro dos parentes. Não me venham com essa conversa de coletividade, o homem é individualista demais´o homem é animalesco demais.

Acho que invejo os felizes pois em mim é só tristeza. Uma tristeza madura, limpa, sem poeira. Não consigo ver a graça na passagem dura. Não consigo vê sorriso na pele seca e nua. Acho que invejo mesmo os felizes pois eu sou todo tristeza. Não curto o que o olho curti no máximo finjo a ligeireza. Não sei de onde vem a calma do feliz pois tenho pressa na tristeza. Sofro o amargo do mundo eu sou o mundo impregnado de tristeza

A maquiagem envelhece a menina nova, ela que parecer mais velha! Não sei por que a pressa! Depois de velha que parecer nova... Enlouqueçam por bons motivos e não por futilidades.

Deitei hoje sobre a grama, que cobria a terra preta. Embaixo de mim, havia um universo. Todo um mundo micro estava ali, me aguentando sobre si. Vi a família dentro da água, misturada a tantas outras que por ali escorriam. Em silêncio e sem aviso me perdi no tempo, não sabia mais quem era quem naquela aquarela animada de átomos sem sentidos.

Tudo no inicio é difícil, é como levantar cedo pela manhã, mas é só levantar e tudo se torna possível, assim acontece com um TCC, com um livro novo que queremos ler, com a caminhada que queremos fazer... o problema é começar, depois agente leva. Palavras do amigo Oliriomar Augusto Pantoja Monteiro ...

Não se deixem embrutecer pela mesmice que é a vida Não achem que tudo é assim mesmo que não tem jeito Não percam a capacidade de admirar de descobrir algo novo Não façam de suas vidas, coisa pequena Há muito a ser visto e vivido não percam a poesia...

Reconhecer os iguais da mais força pra se manter diferente...

A arte pede passagem, embalada nas mãos da cultura, construída no suor do pobre, que faz da sua arte sua luta, ou que faz da sua luta sua cultura cantada nos versos do boi ou na batida do couro do curimbó pesado, que o caboclo carrega na costa pra poder fazer sua festa. Viva ao que é nosso e ao que é bom que vem dos outros. Saiam todos da frente e não me digam que não é possível, levo no sangue essa marca, eu gosto de arte e luto por isso. (HJR)

Eu: _queridos, vocês não se perguntam nada a respeito da vida? (eles todos atônitos me olhando) Continuei: _ Vocês vem pra escola e são totalmente passivos, não fazem um questionamento! Não me perguntam nadinha! E se eu estiver mentido? Hum? Vocês tem que refletir a respeito do que eu digo! Eles: _ Que nada professor, agente confia "muito" no senhor... pra que duvidar...rsrsrsr Não é fácil...

Um aluno me perguntou depois da aula: "professor, o que eu posso fazer pra melhorar o mundo?" respondi: "comece melhorando as suas notas"

Que ilusões são necessárias afinal? A certeza de nossa finitude não nos impede de planos e sonhos, de querer um mundo melhor. Que afetos são necessários? Trocamos tudo, somos o que recebemos e o que doamos. Qual o mundo que queremos? Um mundo de dor e desespero nunca será bem-vindo. Quem somos? Somos um acontecimento, que busca, acontecer da melhor forma. Como não desistir? A vida é uma ida sem volta, não desistimos nunca, a vida nos obriga a escolhas.

Puta merda, eu to sufocado, eu to realmente preso a essa porcaria aqui. Não me conformo de ser tão fraco psicologicamente e não controlar esse vicio maldito. Consigo encontrar muita coisa boa aqui, eu sei disso, mas também sei que perco a maior parte do tempo vendo bobagens alheias. Não é fácil conviver com coisas que achamos ser "besteiras". Todo dia é a mesma coisa, chego a ficar desesperado se não olho o que ta acontecendo, quem disse o quê, será que alguém falou sobre mim, porra! Ta foda. Já percebi que parei de ler livros ou me dedicar a música depois que embarquei nessa onda. Fico dizendo o que eu penso, ou o que acho que penso, o que na verdade não serve pra nada, eu acho que criei um personagem, alguém que tem opinião sobre as coisa e que curte coisas legais, ou que tem boas ideias. Na pratica não faço nada do que falo, o conselho é a arma dos hipócritas. Não sei! Mas como parar agora que tenho tantos amigos? Não me importo que eles nem me cumprimentem na rua, eu qu

Mais um conteúdo excelente disponível no You Tube. Este vídeo que apresento a vocês é uma palestra do professor e filósofo Mario Sergio Cortella que faz uma reflexão a respeito da vida, nas dimensões profissionais e "pessoais". Qual a diferença entre trabalho e emprego? E estresse e cansaço? São, estas, entre outras, as questões propostas por ele nesta palestra. Pessoas desmotivadas nos seus afazeres profissionais e que não encontram explicação do por quê destas coisas, devem assistir.

Hoje revirando papéis velhos, contas, cifras músicas impressas e etc. me deparei com algo que, a priore, me pareceu estranho! Um papel que não era pra está ali! Uma antiga carta, datada e assinada, uma velha e antiga carta de amor, uma daquele tempo em que se mandavam cartas. Acho que ela foi parar ali por covardia minha. Não tive pulso pra joga-la fora assim como fiz verbalmente com a autora. Pus fim em um amor mas não joguei a maldita carta fora. Digo maldita devido a sensação que tive ao queima-la ainda pouco, foi como se eu tivesse terminado de novo, não foi fácil! A carta, não é só uma carta, ela é a própria autora transvestida em palavras. Eu não fui doido em ler a missiva de novo, também, sabia bem o conteúdo. Ali, palavras cheias de promessas eternas de amor e felicidade... Ah malditos que nos convenceram que o amor é bom. E ele é! O problema é que ele pode acabar, e na maioria das vezes é o que acontece. O fim de um amor é o fim de uma parte nossa, é uma marca que fica. Aprend

Ó senhor, Se estais mesmo aí no céu, ou em sua onipresença , aqui no meio de nós, me responda de uma vez por todas! Qual o teu plano? Tu já sabiás desde o início que seríamos maus, e faríamos o próximo sofrer. Sábias também que muitos não acreditariam em ti, ou não entenderiam nunca o que tu queres! Te imagino olhando tudo de cima com um caderno na mão, esperando-nos para o encontro de prestação de contas. Não! Não consigo acreditar que seja isso, uma inteligencia suprema que nos criou, imperfeitamente, sua própria imagem, limitada e fugaz e que espera que nos superemos em nossas limitações humanas, sejamos fortes nas tentações e compassivos em nossas fraquezas. Fique atento grande deus, acho que deixastes com tua lei um campo grande para os hipócritas, apontastes um caminho que os mesquinhos adoram relembrar. Falastes de céu e inferno e criou este mundo pra que afinal? Estamos todos em um grande ano letivo? As provas são diárias, mas posso sempre me recuperar na ultima avaliação, com

Depois de mais de vinte anos de mar o capitão já cansado decidiu parar de fazer velejar. Todos os marujos, da grande e imponente embarcação "Agogós", ficaram atormentados, pensativos em relação ao que cada um ia fazer de suas vidas a parti de então. Afinal de contas o capitão tomou todas as grandes decisões durante mais de vinte anos em frente daquela embarcação. Juntos, capitão e marujos, descobriram o mundo, suas belezas e seus tormentos, suas alegrias e tristezas, tudo foi vivido por esta tropa que agora, ali, se desfazia. No fim da ultima viajem, o capitão, antes do navio atracar no porto de "Álgos", disse a todos que não deveriam temer nada e que a partir de então cada um deles iria ter sua própria embarcação. "Como recompensa por todos estes anos ao meu lado, venderei este grande navio e presentearei cada um de vocês com uma pequena embarcação para que possam continuar vossas vidas no mar... A partir de agora tomaram, por si mesmos, as direções que voss

Ele foi o que cantou! Ele fez o que quis, pois acreditava que tudo ia de ser da lei, como cantava em sociedade alternativa. Raul viveu tudo de bom e de ruim que a vida pode oferecer, encarou a vida e (en)cantou a morte, um cara de excessos e de muito talento.

As horas que passam e se somam em dias, semanas, meses e anos a dentro, vão desenhando junto com as minhas escolhas a minha própria história de vida, e tudo isso, parece, na maioria das vezes, não fazer sentido algum. A altura de 20 e poucos anos de existência tenho a impressão sempre de estar começando, perguntas e mais perguntas deixam alguns de meus dias as vezes "pesados" de mais, a agonia da incerteza sobre o futuro, a solidão do pensamento e do meu modo de ver as coisas me tornam sempre alguém distante e confuso. A frieza da razão, a perda do gosto pelas coisas "comuns" do dia-adia, a frustração de querer sempre um "algo mais" da vida são coisas rotineiras. Não sei nada e não tenho feito grandes planos, coisas como família, filhos e emprego me agoniam a alma. Somos todos persuadidos a seguir os padrões existentes, desviar deste caminho gera desconfiança, incomodo, preconceito e isolamento, penso até que o isolamento seja quase que natural, visto que

Nunca mais havia feito uma postagem sobre coisas legais que existem vagando aí pela internet, mas hoje meu irmão chegou contando a história sobre um filme que esta sendo feito sobre a vida do Renato Russo "Somos tão jovens", assistimos o trailer e acabamos revendo o "Por toda minha vida" (programa da rede globo) sobre ele. Muito bom as entrevistas, partes dos shows e encenações sobre a vida do Renato, vale muito apena assistir.

Ainda sinto a sensação do vento de fim de tarde, que sopra livre e veloz das bandas do rio Caité, a natureza é viva em Bragança, o rio, as matas, o mangue e a diversidade de vida que se mistura a paisagem é incrível. Este lugar tem uma magia , talvez seja toda essa adoração a São Benedito, quem sabe!? O fato é! que é bom estar lá. Sentado a beira do rio, ou, ao longe do mirante, vendo tudo de cima, e se dando ainda mais conta da grandeza do lugar, meu pensamento se perdia em milhões de reflexões... Me questionava como tudo nesta vida se encaminhou para ser tão bonito, tão aconchegante, do mirante do santo só tive mais certeza de como é bom estar ali, via Bragança de longe, na beira do rio... Olhava, respirava e deixava o vento bater... O vento que pra mim sempre é um mistério, lá foi mais intenso e prazeroso, o vento de Bragança acalma a alma, é só deixar ele bater e sentir o toque da natureza pura do lugar. São 399 anos de história, dos quais ainda não contemplei nem um ainda, mas p

As coisas não vão bem em muitos lugares pelo mundo, no país, nas cidades e tudo mais. Tenho clareza de que a resolução de muitos dos problemas existentes necessitam de uma reflexão que cada um ser humano deveria fazer de sua própria vida. Penso que a imposição de um ideal, seja ele qual for, será sempre embrião de conflitos, não adianta acharmos que somos os detentores das "verdades" e dizer que o outro é o errado! O caminho para a resolução de um conflito de ideias é o dialogo respeitoso... Além disso a critica seca não serve para nada, a critica acompanhada do exemplo, esta sim, é respeitosa...

Eu não tenho dúvidas de que vivemos um momento histórico de transição ou de uma pré-transição, pelo menos, para a necessidade de retomarmos alguns valores que eram legais. O ser humano ta muito pornográfico, o sexo é legal, mas a coisa da pornografia a toda hora em todos os lugares tirou um pouco da mistica entre as pessoas. Ficamos todos em meio a esta ordem de que a onda é se exibir para atrair um encontro casual. Não sei, acho que as coisas estão sem graça de mais, amostra de mais....

O país de quinhentos e poucos anos de invasão, o gigante em tamanho mas pequeno em respeito, recebeu por aqui por suas terras um pouco de tudo o que não presta, desde o inicio até agora, preservamos a tradição de importa porcarias que fodem a nação. A todo o tempo o povo as margens, olham de longe, pelo furo da luneta, os poucos abençoados que determinam o futuro da nação. "O brasil é o país do futuro" cantava ironicamente o grande Renato, um futuro que teima em repetir o passado, um futuro que ta na mão dos jovens, que se tornam adultos e voltam a repetir o discurso. brasil um lugar de povo acolhedor e também despossuído de "valor", povo que teve e tem sua dignidade roubada, uma criança, que engatinha de mãos amarradas nesta suja democracia, que chora o leite pingado das elites do poder, um país sem heróis, sem luta, sem sonhos, mas um país "alegre"... Não sei oque é pior por aqui! Esta alegria dos que tem pelo menos um pouco de feijão no prato e a fes

Fiquei pensando por estes dias a respeito do grande desprazer gerado pelo prazer. Me refiro ao desprazer de sentir prazer com o que não deveria ser... O álcool, a dança descabida, a felicidade incerta e a certeza da ilusão. O esquecimento pelo prazer, eis a questão! Esquecer o sentido de tudo é a falta, o pecado que cria o inferno. Não há remédio melhor dado ao povo que a diversão, não há! Esquecer pelo prazer, eis o desprazer... Ter esse sentimento, vejo com bons olhos, é a ressaca moral Dar-se conta da cagada e poder limpa-la. Fiquemos todos atentos e não nos embriaguemos tanto assim tenhamos um pouco de medo do "gozo" pois a realidade mora logo no próximo passo.

Inaugurando este marcador "coisas da meia noite" que na verdade não aponta o horário em si mas qualquer hora após este horário, o que já é falta do que fazer. De inicio, compartilho a visão que tenho agora, neste momento em que meus dedos carregam um impulso elétrico do meu cérebro e acaba realizando esta tarefa que é escrever. Neste hora, aqui agora, tem uma borboletinha meio acinzentada parada no canto superior da tela do meu computador, ela é meio triangular, o formato que as asas insinuam. Engraçado, ela parada e eu escrevendo sobre ela. Este inseto aí, não está nem aí pra mim. Parada, petrificada pensando em algo será? Quem me garante que elas não pensam ?! O fato é que ela ta parada e eu escrevendo sobre ela, pra nada! Mas o que vale a pena afinal, to eu aqui falando de uma borboleta parada, não tenho motivo nenhum pra isso, na verdade eu queria falar sobre a falta de sentido da vida ou aos vários sentidos que atribuímos a ela. Vou tentar deixar a borboleta de lado,

Ela parecia um sonho bom, mas aos poucos fui vendo que sonho é coisa de sonhador, a razão foi me acordando e percebi que ela era na verdade um surto! E passou...

O menino que tinha os ósculos mágicos, ninguém o entendia! “por que tu usas um óculos sem lente seu abestado!” gritavam e riam dele pela rua. O menino não ligava, sempre que punha os óculos acreditava enxerga o mundo tal qual ele é! O pai do menino, o responsável pelos óculos, tinha sempre um ritual que repassará ao filho em toda sua infância. “Sempre que você for por os óculos, terá que, antes, lê cinco páginas de um livro, meu filho” e assim foi por toda sua infância. O menino sempre que ia por os óculos linha pelo menos cinco páginas de um livro e saia com a armação de um óculos no rosto todo feliz pois, acreditava nos poderes mágicos de vê o que as pessoas não viam. O tempo passou e o menino já não punha mais os óculos no rosto, já rapaz ele saia pelas ruas agora sem a “armação” que tinha ganhado do pai. Os amigos mais antigos não esqueciam e sempre o questionavam: “cadê os óculos menino, assim você não vai mais enxergar...” e ele sempre respondia: “os óculos continuam no mesmo l

A todo momento, por estes dias, somos induzidos pela televisão a "achar" que os lideres de seus respectivos países estão reunidos e que vão ao fim deste bendito encontro (rio +20) dar a solução dos problemas ambientais que ocorrem escala global. Francamente, a mídia tem certeza que todo mundo que está do lado de "k" da Tv é ignorante mesmo, apesar de isso não deixar de ter uma grande parcela de verdade. Penso, que todo esse teatro de desenvolvimento sustentável não passa de uma grande "anestesia" que o grande capital tenta nos aplicar a todo momento. Onde já se viu um sistema que vive da ideologia do consumo exacerbado de bens materiais vim falar de preservação ambiental! É um grande contra-censo, o capitalismo necessita que as pessoas consumam a todo momento, adquiram coisas que elas nem necessitam, o que importa é a compra, venda e acúmulo de capital, apenas isso. Agora o sistema inventa esse "papinho furado" de "desenvolvimento sustentá

15/06/2012, Era para ser mais um dia comum, tudo estava conforme o previsto. Acordar, fazer as primeiras higienes diárias, depois café e então se ajeitar para o dia de trabalho. A vida é cheia de pequenas surpresas, boas e más, mas são surpresas. Depois de ter feito tudo sempre igual, segui com a rotina do meu trabalho. Sai de casa e fui até a "cópia" de uma professora, amiga minha, para fazer a reprodução das provas que iria passar neste dia aqui citado. Foi quando de longe ouvia os gritos, ou talvez não eram gritos, que ao se aproximarem se revelaram ser vozes daqueles que levam a "fé" as pessoas. Muitas pessoas pelas ruas com papéis nas mãos. Eu, apesar de perceber a aproximação destas pessoas também estava distraído com as tais cópias das provas que estava esperando. Foi quando uma mão leve e suada do sol quente me toca os ombros, me pedindo atenção, e entrega em minhas mãos a pergunta ! A grande pergunta (eu até dei risada nessa hora). PARA ONDE VOCÊ VAI? Era

Que mês é esse... Tanta alegria boa, tantas cores, sabores e festim.. Mês de cantigas, rodas, poeira, bombinhas, bolas, foguetes e balão... Mês de festa em volta da fogueira, de músicas próprias e cara pintada de carvão ... Alegria estampada na cara da criança, alegra de verdade o coração, do pai e da mãe babona que vê a criança no salão... é bonito de se vê o encontro de gerações, o boi velho e o boi novo dançando juntos no salão... êeee junho "bão"........

A contemplo sempre, como contemplo o sol! Adorável presença, inquietante. No olhar dela vejo o infinito, vejo o "devir", vejo que nada esta pronto. Temo as vezes por minha relação com ela. Ela é provocante, é questionadora! Sorriso lindo, me convida sempre ao dialogo, a reflexão. Muitas vezes preciso de outras palavras para expor o que sinto quando estou em sua presença. Muitas vezes me faltam palavras... A quero sempre por perto, rindo de mim... Rindo e me fazendo rir... Riamos juntos, só eu e ela. Quando no assunto só ficar ela... sem resposta, sem caminho, sem inicio, sem meio e sem fim... Me deixe em inúmeras crises minha amiga favorita... Mas nunca me deixe, dúvida, sem ti.

SCHOPENHAUER , DARWIN , FREUD = O sentido da vida é a reprodução, nada mais que isso. O desejo sexual provém da "vontade" da espécie em permanecer viva... Tudo gira em torno desse jogo de atração sexual. O ser humano, descobriu, diferentemente dos outros seres viventes um grande prazer no ato sexual, a par da reprodução, o que só intensifica a vaidade e o desejo de destaque, mas tudo em torno de atrair olhares e criar a possibilidade de escolha dos parceiros sexuais. No final, apesar de toda racionalidade típica de nossa especie, parece que somos governados pela mesma "força natural" que governa todas as outras formas de vida.

A "modernidade" ou "contemporaneidade" é coisa complicada! É coisa de apertar! Aperta o botão e a coisa abre, aperta o botão e a coisa frita, cozinha, passa, lava, toca, fala, caminha, viaja... Aperte o botão para conversar, para falar de amor, para fazer sexo, para fazer "amizades". Que coisa estranha, tive pensando nos tempos em que a vida era mais artesanal, mais manual. Lembrando dos "L.P's", os grandes discos que usávamos para ouvir música, que eram em si, uma verdadeira obra de arte, não era só a música, mas toda uma arte de capa e produção. Algumas coisas fico imaginando, tipo quando não havia TV, o que distraía as pessoas? Nesta hora me vem na memória os momentos que faltam energia elétrica e a família se reuni na frente da casa para conversar, contar histórias, ficarem próxima, sem pressa alguma, sem afobação com o horário da televisão, acho que era assim antes da TV. Vejo os jovens de hoje e tem certas horas que me acho já um velh

Passo, a cada um, uma nova coisa a frente. Gente por todos os lados, muitas histórias talhadas nos rostos. Rostos brutos, envelhecidos , sem a beleza da tv. Aqui, na rua, a beleza é esquisita. As mulheres mal cheirosas, tem manchas na pele, a barriga não é definida, elas não usam boas roupas, elas não se importam com estas coisas do mundo a fora, talvez até se importassem em outra situação, mas aqui, na rua, a prioridade é se alimentar, manter-se vivo, a drogas também fazem parte, não é fácil suporta tal realidade de "cara limpa". Meninos sujos, brancos, negros, pardos... de todos os jeitos. Meninos filhos das ruas, com "bombões" nas mãos e um refrão na boca para ajuda a venda. A mão estendida do menino me corta a consciência, o que fazer? O que ele vai fazer? Alimento ou drogas! É a primeira coisa a pensar. A cara suja, os pés descalços no chão. As vestes rasgadas de quem apanhou a carregar sua cruz, aí, só faltou o sangue, pra mim ver nestes coitados as palavras

A todo momento, em que a oportunidade permite, não sei se pelo fato de estar solteiro, talvez seja isso, percebi, e acho que isso não é novidade para ninguém, que fugir a regra, que tomar outro rumo, ser diferente, incomoda demais esta sociedade, até mesmo estar "solteiro". Eu na minha "solteirisse", tive alguns micro relacionamentos. Em todos eles vivi e observei algumas coisas diferentes. É estranho como não conseguimos ter domínio sobre determinadas coisas, como falta algo que as vezes não sabemos dizer que impede que " ingressemos" em uma nova jornada amorosa... Por isso, e com isso, resolvi tentar responder afinal de contas o que acho bonito em uma mulher... A questão de estar "sozinho" não é um incomodo pra minha existência, ninguém pode negar que a felicidade dos casais pelas ruas, quando estamos "sós", da aquela impressão que a felicidade mora no "outro" e que a solução de nossos problemas de tédio existencial ser

E essa tal de democracia... IDEOLOGIA...

A menina de sorriso amarelo ela rir por rir... nunca soube o que é felicidade ela rir por rir... Ela abraça qualquer um e demonstra que é feliz... A menina de sorriso amarelo ela rir por rir... Ela não sabe o que vai ser de si. A menina de sorriso amarelo anda pra lá e pra cá ela nunca soube onde está a felicidade ela rir por rir... A menina de sorriso amarelo adora um elogio anda sempre com pressa como quem tem uma grande tarefa roupas, poses e biquines ... Esta dita menina de sorriso amarelo nunca pensou no que é felicidade ela rir por ri...

Uma câmera na mão e um olhar pro vazio. Uma pose sem gosto que descreve o vazio. Um olhar bonito enfeiado pelo vazio. Um elogio sexualizado vem do tarado vazio. Uma atitude direcionada desapercebida pelo vazio. Quanto de vazio afinal há no vazio? P.S: O nome deste texto é vazio.

A música tem seu tempo, ela não é agora e nem foi um dia. Ela delimita e se perpetua no tempo, é incrível. As vezes ela ta sempre por perto, mas derrepente, nunca foi notada, e quando menos se espera ela soa diferente, nos cativa, ela se faz sentir e se torna a preferida. Essa é a minha relação com ela... a música.

Amigos, estou ouvindo ultimamente o Caetano Veloso, um ótimo disco chamado "Cê", algo misturado, de guitarras e ritmos marcados de bateria, uma coisa bem brasileira com molho inglês ..

Uma nova jornada se apresenta e é sempre mais complicado a hora da partida. Ir em busca de algo novo, de uma nova vida ou de outra vida. Tudo é novo agora, apesar da lida conhecida, apesar de saber o que fazer. Um passo a frente é a primeira distancia do que eu posso me torna para o que eu ainda sou. Nas escuras da incerteza da caminhada me apego nos sonhos que tenho me apego na força de fazer aquilo que posso na força da fé daqueles que em mim acreditam. Deixo na despedida a lagrima no olhar e na lembrança, o sorriso certo que carrego. Ainda é cedo pra sentir saudade mas ela é forte a sensação de distancia já me abraça e eu disfarço minha dor na certeza de tempos melhores Sou agora... toda sonho... lágrimas... e sonhos... e lágrimas... e...

As vezes quando nos irritamos com a situação da nossa cidade, ou do nosso país, ou do mundo inteiro, não conseguimos encontrar explicações, tudo parece distante e as respostas escondidas, tudo muito complexo. Mas estive observando, em minha lida de professor, um dos alicerces de toda problemática social, não tenho dúvidas disso, talvez não seja apenas isso, mas o que tenho a dizer demonstra o começo de tudo talvez. Grande parte de meus alunos, a partir da quinta série, tiram notas baixas, por conta de algo que deveria ser o básico, NÃO SABEM LER, com isto, ou em cima disto, vai se acoplando todas as possíveis explicações para repetências, desapegos, "cegueiras" e alienações. Como alguém que não consegue ler, vai ser um cidadão, no uso pleno de seus direitos, impossível. Não saber ler é sinal de que não há interesse em "ler", pois digo, ler em sentido pleno, entender o que se ler e não apenas reproduzir o que esta escrito. A leitura abri as portas para outro mundo

Eu ando vagando por aí, sabe a vida, ela mesmo. Eu vejo a vida, o movimento, observo tudo, pessoas, pássaros, flores, e tudo mais. Engraçado, eu sei que tem gente que não para pra pensar em nada, absolutamente em nada. Pessoas que vivem de forma automática, comem, dormem, pensam em sexo, casam, fazem filhos, envelhecem e morrem... E assim vai, tudo é normal. Tudo é assim mesmo. "Contestar o que", diria o outro! "Eu nasci e tudo já era assim". É, eu acho que vou continuar vagando por aí, olhando, pensando, pra nada! eu sei! Todo mundo acaba sendo igual, pensando ou não.

Parece até que foi ontem, basta apenas fechar os olhos que me vejo ainda chorando a ausência de minha mãe que me deixava em casa para ir trabalhar. Ainda sinto o cheiro do mato molhado do sítio que meu avô tinha, quantas coisas aconteceram. O pior de tudo isso é a sensação de que a vida é um momento apenas, hoje vejo o presente e me parece ser apenas ele que poço tocar, todas estas lembranças que ficaram para trás um dia foram meu presente, mas eu não percebia como e quando aquilo acontecia. Tudo parece um grande sonho, e eu não estou velho, não é esse o problema. Velho esta meu corpo, meus olhos cansados, minha mão enrugada... A velhice do corpo não atingi a alma, o pensamento. Acho que vivo todos os tempos ao mesmo tempo... e ao mesmo tempo não vivo nenhum. Não sei. Tudo é tão rápido, ontem era 8, hoje 88... P.S: Texto inspirado no comentário do Drummond a respeito da vida, na entrevista dada neste vídeo...