Os botões da modernidade



A "modernidade" ou "contemporaneidade" é coisa complicada! É coisa de apertar! Aperta o botão e a coisa abre, aperta o botão e a coisa frita, cozinha, passa, lava, toca, fala, caminha, viaja... Aperte o botão para conversar, para falar de amor, para fazer sexo, para fazer "amizades". Que coisa estranha, tive pensando nos tempos em que a vida era mais artesanal, mais manual. Lembrando dos "L.P's", os grandes discos que usávamos para ouvir música, que eram em si, uma verdadeira obra de arte, não era só a música, mas toda uma arte de capa e produção. Algumas coisas fico imaginando, tipo quando não havia TV, o que distraía as pessoas? Nesta hora me vem na memória os momentos que faltam energia elétrica e a família se reuni na frente da casa para conversar, contar histórias, ficarem próxima, sem pressa alguma, sem afobação com o horário da televisão, acho que era assim antes da TV. Vejo os jovens de hoje e tem certas horas que me acho já um velho, uma pessoa do século passado, que acha bonito a arte de vê a música sendo tocada por vários e bons instrumentistas, gosto de apreciar isso... em contraponto ao meu gosto vem o botão do "som alto", do "carro ditador", e volta aquele raciocínio do apertar o botão, o cara me tira o prazer do instrumento apenas apertando o botão do "player" e disparando em forte volume o seu apreço musical sobre mim, eu tolerante que sou, acho normal a surdes e permaneço no local só pensando quantos bons músicos aquele "maldito" botão do "player" não usurpou do mundo.
Essa modernidade tem acostumado-me mal, só na frente da tv, e o mundo na ponta do dedo, o mundo agora é digital! Todo mundo deve ser igual, saber apertar os botões da modernidade é um grande paço... em direção ao nada...

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