A Penny com amor

Cheguei a casa dela hoje
Como de costume gritei seu nome ao portão
Ela não respondeu.
Tinha trazido um presente.
De cara estranhei e a lembrança de uma conversa sem jeito me veio a mente.
Como pode?
O que chamam de amor afinal?
Se não reconhecem amor naquela alegria a nos recepcionar, sinceramente não me falem mais de amor.
Agora entendo melhor Schopenhauer nesse aspecto e a sua preferência por essa companhia.
A razão me sopra agora até um sentimento de vergonha por isso.
Mas o que fazer?
Numa vida tão vazia de pureza é justamente naquela irracionalidade que percebo alguma coisa espontânea.
Não tenho dúvidas de que ela sente e sabe coisas que não sabemos.
Quando eu estava doente, deitado na rede, ela tava lá me reparando, sem reclamar e nem pedi nada em troca que não um carinhozinho.
Humanos, vocês não sabem de nada.
A razão vos esfriou.
Transformaram a vida em cálculos, contas e números, somente.
Não se sabe mais perceber o amor que há na totalidade da vida, nos outros seres.
Somos uma porcaria de espécie egoísta e destrutiva.
Eu prefiro a muitos humanos a minha cachorrinha.
Com amor, a Penny.

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