A maturidade diante da vida vai deixando-nos mais tristes, mas não de uma tristeza profunda e deprimente, mas sim de uma tristeza realista, uma calma tristeza, que se sabe eterna, pois percebe-se com os anos que passam e com as reflexões sobre a vida, que esta, é na verdade uma luta diária e cansativa, muitas das vezes repetitiva de afazeres sem graça e cansativos, de conversas por vezes conversadas, e de assuntos que se sabe já ditos. É uma pena que essa tristeza vá invadindo e tomando conta, os dias vão ficando cinzas, quando acordar não significa contemplar o sol, os pássaros a vida em sua totalidade, mas sim, a lembrança de um possível atraso, não tem como não ficar triste. Vida pobre vida triste, a felicidade é um horizonte longe das capitais...
Ninguém é especial!
Parece estranho ler isso? Pois me parece que é assim que a maioria se comporta! Como se fosse alguém especial, ou intocável! A negação perante a realidade que deseja criar a ilusão de que se é a única pessoa que não vai adoecer, ou morrer, em meio ao caos epidêmico que estamos, é um sintoma psicológico compreensivo. Negamos veementemente aquilo que é difícil de aceitar. Talvez seja o medo que faça com que quem perdeu um amigo, ou um parente, ou apenas um conhecido, continue sendo irresponsável consigo mesmo e com seus próximos. Um medo profundo que é impedido de emergir e se transformar em cuidado. Um medo de ceder ao racionalmente necessário e ainda assim não ser o suficiente. Ou seria, talvez, quem sabe, o medo de fazer o necessário e ainda assim adoecer e morrer! E se a morte é certa, talvez se pense, "por que se aquietar se ainda gozo de plena saúde e tesão pela minha vida?" Pois nesse momento eu prefiro ter medo, pois o medo pode salvar, se não a mim ao outro, pois se t
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