Nada pra fazer


Hoje eu acordei cedo e pensei em procurar algo diferente pra fazer, mas não havia nenhum plano em mente. Decidi então arriscar a sorte, vai quê aí pela rua teria algo pra se distrair. Peguei a bike, o tempo tá nublado, saí pelas ruas de Irituia, começando aqui mesmo pela beira rio, foi só pra logo me entristecer, ela continua lá, abandonada (visitem a beira rio e vejam vocês mesmos). Fiquei na beira pensando um pouco, imaginei alguma solução e "sai fora". Subi a rampa e fui atrás do Rufino que já estava saindo de casa. "Me vi em boca", fiquei na esquina perto da farmácia mas não tinha nada! Matutei, matutei... e nada, não tinha pra onde ir. Os amigos todos estavam ainda intocados, as ruas vazias, nenhuma programação de fim de semana se anuncia. Assim é fácil perceber porquê a dita "crise" não chega aos bares da cidade, é só lá que há distração! Uma distração alucinógena, que leva pra longe o cidadão, não há como crucificar quem se rende a essa tentação, como ficar, afinal, sóbrio nessa situação? Nessas horas de desespero e desamparo é sempre bom procurar um mestre! E foi o que eu fiz, atravessei a cidade e fui atrás do Tio Minga pra conversar sobre carimbó, a conversar foi em cima das bikes, ele na dele e eu na minha! Cantou pra mim um carimbó novo, feito como homenagem aos mestres irituienses de carimbó! Acabou sendo bacana a manhã, mas não é fácil nunca ter nada pra fazer em nosso lugar, algo que fuja do "mais do mesmo", acham que eu quero demais? até eu já me questiono que isso aqui é assim mesmo e nada mais.

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