Poesia morta

 


Encontrei uma poesia morta no chão da minha sala. Fiquei tão sensibilizado que pensei até em guardá-la. Ela era linda, colorida e magra, contudo, morta na lajota branca da minha casa. Peguei-a nas mãos e coloquei na cadeira ao meu lado. Vez ou outra a olhava. Uma poesia morta, agora na cadeira da minha sala. Do meio paro o fim da noite, enquanto pensara alguns versos, outra surpresa aconteceu, outra poesia entrou voando pela porta entreaberta, com suas asas pretas e azuis e um pouco mais encorpada. Essa última continua aqui comigo, viva, numa calada companhia. Tá parada, pousada no teto, desafiando a gravidade, servindo de crônica e poesia. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém é especial!

Mês de janeiro em Irituia

Espinosa - O apóstolo da razão (Filme completo)