Parece estranho ler isso? Pois me parece que é assim que a maioria se comporta! Como se fosse alguém especial, ou intocável! A negação perante a realidade que deseja criar a ilusão de que se é a única pessoa que não vai adoecer, ou morrer, em meio ao caos epidêmico que estamos, é um sintoma psicológico compreensivo. Negamos veementemente aquilo que é difícil de aceitar. Talvez seja o medo que faça com que quem perdeu um amigo, ou um parente, ou apenas um conhecido, continue sendo irresponsável consigo mesmo e com seus próximos. Um medo profundo que é impedido de emergir e se transformar em cuidado. Um medo de ceder ao racionalmente necessário e ainda assim não ser o suficiente. Ou seria, talvez, quem sabe, o medo de fazer o necessário e ainda assim adoecer e morrer! E se a morte é certa, talvez se pense, "por que se aquietar se ainda gozo de plena saúde e tesão pela minha vida?" Pois nesse momento eu prefiro ter medo, pois o medo pode salvar, se não a mim ao outro, pois se t
O HOMEM DIAMANTE Como explicar? Como entender? Ele tem sim um brilho próprio, talvez tenha aprendido isso com a vida. É! É isso mesmo! A vida foi quem o lapidou. Tenho certeza agora. Cada solidão; talvez uma noite a beira mar apenas, e as ondas podem ter lhe revelado tudo, ou escondido tudo. “Será que esta imensidão de mar é deus?” Mas como brilha ele. O problema que é difícil uma aproximação, quem é ele afinal? É o que eu vejo? Difícil, meus olhos nunca vão me mostrar a realidade das coisas, tudo é apenas luz! E agora? Como saber, quem é este que tanto brilha afinal? É a vida que lhe deu, ou melhor, lhe arrancou esse brilho. Mas espera aí! Ele brilha, ou apenas reflete? Ele está brilhando, ou refletindo agora? Não, não fale de amor a ele, ele é superior a isso, até arredio. Amor, amizade, planos, que se dane tudo isso, ele não liga pra nada! Nem a morte lhe assusta mais, ele entendeu! Ele está acontecendo, mas vai passar...todas as coisas que acreditamos, ele ri! Ele ri do precipício
Não sei como é o mês de janeiro pras bandas daí de vocês, mas por aqui é sinônimo de dança, gengibirra, barracão e do ressoar dos curimbós. É uma tradição cuja origem se perde e se mistura com a história do nosso município. Chega a ser curioso nosso enlace com essa cultura e com a festa que se comemora em função dela. Antes, nosso festival era ligado ao santo preto, São Benedito, o santo do nosso povo Paqué, porém, depois de muitos anos e de uma decisão da igreja, resolveram separar o religioso do profano, e a festa que era de São Benedito passou a ser chamada de Festival do carimbó irituiense. O nosso festival é grande, de ehncher os olhos de quem chega por aqui desavisado. O batuque dos grupos é em cima do palco e a dança é dentro do barracão de palha construído todo ano na praça. O irituiense só dança o carimbó se for embaixo do barracão, rodando, girando, em pares ou sozinho, mas sempre por baixo da palha. Chove fora e molha dentro, mas ninguém se importa, tudo é festa, tudo é uma
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