Permitam-me viver a minha tristeza
Permitam-me viver a minha tristeza
Eu já entendi que sofrer faz parte da vida há tempos
Eu só peço por favor
Deixe-me viver meu momento de silêncio
Pois a tristeza é como maré que fica cheia
Quando é o tempo dela subir,
Não há muro nem cerca que a impeça de sê-la
Ela só vem vindo devagar, subindo...
ocupando os espaços e se achega.
E é assim mesmo...
A gente só aceita e fica ali olhando pra ela como maré cheia...
O barco indo embora agora no horizonte é tristeza.
E é triste também o silêncio dos Domingos, das casas e ruas e vazias...
Não adianta vim me falar o contrário e achar que sou pessimista porque sei que em toda dose de alegria há uma parcela de tristeza escondida...
Mas nem por isso eu não rio,
como lindo é o rio Caeté
Pelo contrário...
Quando essa maré vira
e a tristeza começa a secar
O sabor das coisas voltam de novo
e eu começo a valorizar
até mesmo a maré que de cheia me fez enxergar
como é bom a maré seca pra gente sair pra pescar...
(25/10/20, bem aqui as margens do Caeté)
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